Acredito que foi um ganho para os telespectadores a decisão da Rede Record de transmitir as Olimpíadas de Inverno que estão sendo realizadas em Vancouver, no Canadá. Dá oportunidade para as pessoas conhecerem esportes diferentes que nem sabiam que existiam. Afinal, a grande mídia que sempre tomou conta da audiência nunca deu muita bola para essa olimpíada e para os esportes referentes a ela.
Falo isso porque esse é o meu caso. Sabia que existia patinação e dança no gelo, mas não sabia que era esporte olimpíco. Claro, costumamos acompanhar o que acontece no nosso país e ter um esporte no gelo no Brasil é meio difícil... apesar de existir, mas não da forma intensa como nos países do Norte.
Minha surpresa ao acompanhar as transmissões continuou quando vi que havia uma delegação, pequena, mas havia, de brasileiros participando das competições. Realmente, existem muitos esportistas com força de vontade admirável, pois, se esporte sem gelo no Brasil já enfrenta dificuldades de patrocínio - com exceção do futebol -, imagine os que são no gelo...
Vi toda a beleza, toda a velocidade, toda a técnica e toda a coragem dos esportistas dessas competições, mas preciso deixar aqui registrado o quanto me assustei com algumas modalidades. Não sei se sou meio careta ou conservadora ou resistente ao diferente, sei lá. Mas acho que algumas delas não deveriam existir. É triste saber que alguém morreu em uma dessas competições. Pôxa, descer não sei quantos quilômetros, de cabeça para baixo ou para cima, em cima de um trenó por uma pista e chegar a mais de 140 quilômetros por hora não é meio suicida? Tudo bem paraquedismo também é arriscado, assim como voo livre etc. Mas, para mim, aqueles esportes pareceram mais perigosos, mais próximos de uma tragédia.