sábado, 19 de novembro de 2011

Que pássaro?

Em alto e bom som, sempre falei do meu favoritismo por felinos. Amo gatos, tigres, leões, panteras... E tenho a Amor na minha vida, minha gatinha, que já foi tema de textos aqui. Mas, hoje, vou falar de um grupo de bichos que me desperta vários pensamentos. Falo de pássaros. Eles sempre foram uma fonte de metáfora para mim. Hoje, mais uma vez, andei pensando neles. Será que os persigo por causa do meu "espírito" um pouco felino???
Bom, mas fiquei pensando como as pessoas estão relacionadas aos pássaros. Primeiro, o homem morre de inveja do pássaro. Sempre quis voar. Ainda não conseguiu, ele, o homem, voar. Consegue por meio de aviões, helicópteros, balões e outros recursos, mas o homem, esse não, não conseguiu ainda voar.
E, além disso, há um quê de pássaro em cada homem. Uns são mais soltos, libertos, sem amarras, que vão e, se quiserem, voltam. Outros ficam presos, feito papagaio domesticado, sempre no mesmo lugar por anos, 20, 30, 40... Outros, vão e voltam, como os temporões, que procuram o melhor lugar para se estabelecer conforme o ambiente. E tem, ainda, os filhotes, que dependem de seus pais para tudo. E há, ainda, os caçadores, que não se importam em abater um menor para se alimentarem dele. E há os belos, os lindos, os coloridos, tantos que nos enchem o olhar e nos fazem morrer ainda mais de inveja. Assim, os homens inventaram as armadilhas para pássaros. E prendem aquilo que nasceu para ser livre e, por ser livre, é tão lindo. Prendendo, vai-se o brilho... como a história da menina e do pássaro (para quem não conhece, recomendo).
E, de lembrança agora e por causa do espaço, há os de belo canto. Mais uma vez, os que despertam tanta inveja no homem. Cantam, à toa, de graça, para a gente, de uma árvore, pertinho, não precisava prender. Deixa o bicho. O bicho, livre, feliz, canta melhor, mais bonito. Mas não, quero perto, só para mim. Então, prendo, amarro, aprisiono. O canto morre, mas o pássaro é meu, pensa o homem. Daí, talvez, a minha repugnância a pássaros presos. Deveria ser proibido em qualquer hipótese.
Falei de tantas e tantas formas de pássaros, mas todas são lindas. E, embora tenha espírito de felino, jamais quero um preso a mim. Amo eles livres, lindos. E tudo isso me faz pensar: que pássaro eu gostaria de ser? Qualquer um tem sua beleza, mas, se pudesse escolher, queria ser um bem colorido, que cantasse lindamente, para mim e para os outros, sempre feliz e em liberdade, de espírito, de corpo e de alma.