domingo, 13 de maio de 2012

Arroz com Amor

Eu sempre quis ter três gatinhos: Amor, Arroz e Paz. Por causa da música do Jorge Ben, "Amor e paz". Tenho a Amor, há cinco anos. Minha companheira fiel. Entende tudo o que eu falo, meus gestos, sabe quando estou triste, quando estou feliz, quanto estou impaciente... E tem paciência até com isso. Enfim, decidi arrumar um companheiro para ela. E, no dia 2 de abril, o Arroz chegou. É uma fofura em forma de gato. Coisa mais linda. É cinza e de olhos azuis como ela, mas não são irmãos. O Arroz chegou com mais ou menos um mês de vida. Ainda não tinha desmamado, mas foi abandonado na porta da casa de uma amiga e precisava de um lar. Não resisti quando o vi. Trouxe. Chegou. A Amor estranhou demais. Afinal, cinco anos sendo somente eu e ela em casa. Quem era esse estranho? Esse morador novo, que chega bagunçando tudo e achando que a casa é dele? E bagunça é o sobrenome do Arroz. Não para um segundo de arrumar um trem para tirar do lugar. Eu fico doidinha, mas, no final, acabo achando até bonitinhas as travessuras que ele faz. O melhor é na hora de mamar. Sim, eu tenho de dar mamadeira com leite, vitamina e creme de leite para ele todos os dias, pela manhã e à noite, porque ele ainda precisa disso para ficar fortinho. Ele mama com uma vontade absurda. É tão bonitinho. Qualquer dia, vou filmar. Até porque, daqui a pouco, isso passa, e vai ser só memória na minha vida. A Amor já está aceitando ele um pouquinho. Ainda não brincam juntos. Ele bem que tenta. Mas ela ignora. Às vezes, dá umas patadinhas nele, mas sem unha. Aos poucos, vai aceitando. E vai entender que fiz isso por mim, claro, mas muito por ela. Para que fique menos sozinha. Já ficou tanto. Agora, tem um amiguinho. Um irmão. Ah, o terceiro gatinho, que será a Paz ou o Paz, ainda não sei se vou encarar. Dois bagunçam bastante a minha vida e a minha casa. Um terceiro iria aumentar a alegria, mas também o trabalho. Como vivo em guerra com o tempo, não sei se consigo. Vou refletindo sobre. Vamos ver...

5 comentários:

  1. Clau, o Arroz é uma lindeza de gato e olha que sempre gostei mais de cachorro. Acho até que ele talvez tenha alma de cachorro: bagunceiro, interativo e comilão! Quem sabe a/o Paz vem depois?!
    Bjos, Ni

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  2. Nem vem, viu? Nada de alma de cachorro! Ele é um gatinho bagunceiro. Isso, sim!!! Rsrsrs... Pois é... Vamos ver se vem o/a Paz. Sei não...
    Bjos!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Podemos fazer uma reflexão aqui... fiquei pensando ao ler... "O" Amor é algo doce, fraterno que te entende e aceita, compreende seus momentos e sempre está ao seu lado, mesmo que você o deixe sozinho por longos períodos ele sempre está ali, à sua espera... Duradouro, o amor requer tempo para reconhecer no novo algo bom para o seu amado e que o fará feliz... mas o Amor é assim mesmo... precisa tempo... porém uma vez reconhecido confiante que dali vem o melhor, a felicidade, o amor se entrega e simplesmente ama, entende, cuida...

    Bjo prima, adorei o Blog, você escreve como se respira, leve e natural, uma delícia de ler...

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  5. Oi, primo! Que gostoso te ver por aqui. E, mais ainda, ler seu comentário. Sim, a Amor se encaixou bem para ser uma metáfora para sua forma de ver o amor. E é isso mesmo. O amor é paciente e duradouro e é por isso que é amor. A gente nem percebe e, quando vê, já foi longe por amor. Tem um texto do Artur da Távola que eu adoro. Ele se chama "O amor maduro". Acho que você vai gostar também de ler. Tenho ele pendurado na porta de entrada da minha casa. Olhe lá e me conte. Um beijo no coração!
    Com amor,
    da prima e seus dois gatinhos!

    (Olhe o texto neste site aqui, só desconsidere a frescuragem da página: http://www.encantosepaixoes.com.br/poesia2008.htm)

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