terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Tchau!

Ele existia até ontem, há poucas horas. Agora já é velho. 2012 se despediu. Deixou seu bebê, o 2013, para o mundo. Para o mundo acreditar de novo, começar de novo, iniciar projetos de novo. Velho, meu amigo, você se foi, mas vejo que não deixou muita saudade, como tantos bons velhinhos deixam quando partem para outra caminhada. Você morreu, e muita gente vibrou com isso. Me desculpe, mas acho que eu também vibrei um pouco. Não reclamo exatamente de você, mas é que eu talvez estivesse ansiosa para sentir isso que o novo ano traz: esperança. E, se virar o ano é uma forma de reativá-la, viremos!
O que aconteceu com 2012 que foi tão recriminado? Não sei. Talvez as mentes estivessem vivendo com a esperança de que o mundo acabasse ao longo de 2012 (será?) e não foram mentes para o outro, para o bem. Quem sabe... Mas é difícil de acreditar que uma crença, uma aventura mistica tenha tido tanta influência assim sobre o mundo. Vai saber. Sei é que 2012 não deixou saudade. E isso, sim, é um fato.
Eu digo que posso ser injusta. Não foram pontos práticos que me deixaram um pouco mal com você, 2012, foram subjetivos. Na vida prática, aliás, nunca tenho do que reclamar. Tudo corre bem. Mas, do ponto de vista subjetivo, acho que ficou, sei lá, uma aura ruim, cerca negatividade, um peso, coisas assim, que vão puxando a gente para baixo, que desestimulam, que matam a vontade, a alegria, o crer. E aí é que não pode.
O que queria eu fiz: viajei, me diverti, trabalhei, sorri, estive com amigos, família, paisagens, animais, natureza. Tive encontros e desencontros. Ufa, foi o ano dos desencontros, e de todos os tipos. Credo! Coisas que me faziam até perder um pouco da crença que eu sempre tive, de que as pessoas são mais boas que ruins. Só que passou, e eu volto a acreditar nisso, com convicção. Porque é isso o que eu vejo na maioria dos meus dias e na maioria das minhas relações.
Vá, vá embora, 2012! Deixe o novo ficar. Novo, novo, novo. Tudo novo é tão bom. Tem cheiro de novo. Cara de novo. É novo!
E eu quero, bebê 2013, que você seja um ano bonito, forte, saudável, que sorria para nós, adultos, e para as crianças, que alimente as esperanças. Que faça mesmo a gente ser melhor, que seja o início de um novo ciclo, em que o que não é para dar frutos seja mesmo retirado, esquecido, apagado. Que o amor exista em profundidade, em cada segundo. É com amor ao que for e a tudo que a vida tem de ser. É com amor que há vida. Feliz Ano-Novo! E que amemos mais!

4 comentários:

  1. Vamos a abrir el libro, sus páginas están en blanco, escribamos Palabras sobre nosotros mismos. El Libro se llama Oportunidad y su primer capítulo es el día de Año Nuevo.
    Demos paso a los Sueños y vistamos radiante a la Realidad.
    Abraços e beijos.

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    1. É justamente essa a sensação que o Ano-Novo traz para a gente, Pedro, a de ser um livro inteiro em branco. Que a gente escreva nele belas palavras, com lindas letras.
      Feliz 2013, amigo Pedro, que seja um ano muito feliz para você e sua família!
      Abraço,
      Cláudia

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  2. Eu e essa minha mania de nem sempre estar sincronizado ao tempo cronológico... Na semana Santa comentando um post de ano-novo! Desculpe, mas que cabeça a minha... rs
    Só que ao ler teu texto, não pude deixar de me lembrar de João Cabral de Melo Neto em Morte e Vida Severina:

    "(...)Belo porque tem do novo
    a surpresa e a alegria.

    Belo como a coisa nova
    na prateleira até então vazia.

    Como qualquer coisa nova
    inaugurando o seu dia.

    Ou como o caderno novo
    quando a gente o principia(...)"

    O ano-novo que chega é isso, um tempo de possibilidades infinitas!É o tempo presente, o único tempo em que somos capazes de escolher, de agir! O passado é inalterável,o futuro ainda nem é. O presente,(mesmo para os atrasados, rs)é o momento de fazer algo por nós mesmos e pelos outros, por isso é um tempo belo! Feliz ano-novo, embora já tenhamos escrito algumas páginas deste 2013!

    Bruno Vignoli

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    1. Oi, Bruno! Tudo bem? Não importa quando, se já passou ou se não, o que vale é que as palavras são capazes de nos tocar atemporalmente. Quando isso acontece, é porque a escrita cumpriu seu objetivo. E eu fico muito feliz por ter conseguido te motivar a ler o texto acima e, mais ainda, por tê-lo motivado a escrever em troca tão sabiamente e inspirado por João Cabral. Obrigada, Bruno. Vou levar para os próximos sete meses de 2013 suas palavras e pegar as minhas para imprimir em um belo livro branco de pensamentos e atitudes positivas. Grande abraço!

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