Ana, o que eu queria te dizer e não pude ou nunca pensei em dizer antes é que você era muita vida.
Que a morte não combina com você.
Que era bom te encontrar nas festas.
Que você passava uma doçura na voz, no olhar e no sorriso que poucas vezes eu vi em alguém.
Que você era extremamente querida.
Que você fez falta no último encontro da nossa turma, ao qual você não pôde ir.
Que eu tinha um carinho especial por você desde que sua irmã foi embora, tão precocemente quanto você.
Que você era muito, muito bonita.
Que eu torcia por você.
Que eu queria ter aproveitado mais seu tempo neste plano, o tempo que você ficou com a gente.
Que eu achava bonitas as coisas que você postava.
Que eu achava também bonito o carinho que você tinha com sua família.
Que você tinha um astral bonito, fazia bem ficar perto de você.
Que eu lamento por não ter ficado um dia numa festa em que você estava e que minha amiga estava indo embora e você disse: "fica com a gente, Claudinha". Eu não fiquei e perdi algumas horas ao seu lado. Mas eu não sabia que aquelas estariam entre as últimas horas que eu teria com você. E eu lamento tanto por isso, por não ter ficado. Lamento tanto. Me desculpa? É nessas horas que a gente quer ter o dom do Super-Homem, de voltar o planeta, para voltar o tempo. Se tivesse algum jeito, Ana querida, eu não iria perder essa chance que você me deu. Não perderia jamais.
Também queria dizer que eu não esperava nunca ter de me despedir de você tão rapidamente.
Que foi uma pena, uma pena, uma pena tão grande que eu não consigo expressar, você ter ido embora.
Que o mundo perdeu doçura após a sua partida.
Que, quando eu penso nos anos de convivência que tivemos, nunca consigo me lembrar de uma imagem sua que não seja uma doce imagem.
Que, depois de ver que era verdade a sua partida, eu comecei a acreditar que "os bons morrem cedo". E eu comecei a sentir medo de perder outros bons que fazem parte da minha vida.
Ana, eu estou com medo. Não quero mais me despedir dos bons.
Nós perdemos muito.
Perdemos uma presença de luz.
E isso dói.
Uma pena, Analinda, uma pena.
Eu não sei o que tem depois ou se tem depois, mas eu quero pensar que você ficou bem, qualquer que seja a maneira. Você não merece menos que isso.
Eu te dou adeus, Analinda, ainda sem acreditar, porque morte não combina com você.
Minha irmã, amada, Clau,
ResponderExcluirVc é uma poeta...
Tive que ler aos pouquinhos, bonito demais...
Me lembro muito bem da Ana Fátima, linda e doce como vc descreveu...
"Os bons morrem cedo..." Sabe o que eu penso? É que na verdade os bons fazem muita falta, mesmo que eles morram velhinhos...
Deixo uma música pra Ana:
Love in the Afternoon - Legião Urbana
É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais
Quando eu lhe dizia
Me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também
Só que você foi embora...
Cedo demais!
Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer...
Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais!
E cedo demais...
Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste Ano
O verão acabou.
Cedo demais!
Com amor,
Ni
É, Ni, a Ana era tão linda e tão marcante que até quem a viu poucas vezes na vida não se esqueceu do sorriso dela. É verdade o q vc diz, sobre os bons, que eles sempre vão fazer falta, qdo se vão cedo ou qdo se vão velhinhos, mas dói tanto, ne? A música é linda e tem tudo a ver com a Ana, q se foi cedo demais.
ExcluirObrigada, Ni, por todo o seu amor sempre dedicado a mim. Quero sempre ser merecedora dele, sempre sua irmã-amiga-filha. Te amo mto e sempre.
Beijos!