quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Etimologia

Meu nome é Helena. E a única guerra que já provoquei foi dentro de mim mesma. O uno que se divide. Gêmeos incompatíveis. Caim e Abel. Esaú e Jacó. Paulo e Estevão. De tempos em tempos, cai um paraíso. Troia destruída, repetidas vezes. Difícil escolher entre o que manca e o que provoca a destruição.

5 comentários:

  1. Como se dice por aquí:"Dos no se pelean si uno no quiere ni se da por aludido".
    Un abrazo.

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    1. Sim, Pedro, mas é difícil se chegar a essa conclusão, não é mesmo? Por isso é que estamos sempre em guerra com nós mesmo. Mas tem uma lado bom nisso tudo, que é saber o quão múltiplo nós somos. O ser humano é um ser rico, bonito, embora viva em contradições. Ainda bem.
      Grande abraço!

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  2. Quando li este texto me lembrei de outra guerreira, a Mafalda, que certa vez disse: "Por que justo a mim me coube ser eu?". Quantas vezes já me fiz esta mesma pergunta...

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    1. Linda, tudo isso, esse questionamento é fruto da descoberta que fazemos de se ser. E, aí, vemos toda nossa fragilidade. Todas as nossas buscas, possíveis e impossíveis. E a nossa angústia de não querer ser, tendo que ser. De não querer ir, tendo que ir. A eterna guerra dentro de si. O eu não é um. É contraditório, mas é verdadeiro.

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